Secretário de SP estuda usar IA  em mais tarefas escolares de SP, mas garante que professores não vão ser substituídos

Feder diz que essas ‘interações’ estão acontecendo na preparação de aulas para o segundo semestre, já que todos os materiais para o primeiro semestre já foram entregues

Reprodução/Portal do Governo do Paranárenato-feder-secretario-de-educacao-de-sao-paulo-reproducao-portal-governo-do-parana
Renato Feder é o atual secretário da Educação de São Paulo

O secretário da Educação de São Paulo, Renato Feder, disse nesta quarta-feira (24) que o uso do Chat GPT para elaborar materiais didáticos ainda está “sendo testado” e não é uma política da secretaria. “Tem professor que fala: ChatGPT, produza pra mim uma aula sobre probabilidade. Tem outro que diz: está vendo essa aula que produzi aqui, melhora pra mim, coloca mais exercício”, afirmou o secretário no evento Bett Educar, em São Paulo. Segundo Feder, essas “interações” estão acontecendo na preparação de aulas para o segundo semestre, já que todos os materiais para o primeiro semestre já foram entregues. A secretaria da educação atualmente produz aulas de todas as disciplinas, em slides de Power Point, para que sejam usadas pelos professores nas salas de aula. . “O professor vai usar o chatGPT se quiser”, disse Feder, desmentido as reações de que a gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem a intenção de substituir o professor por inteligência artificial.

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No ano passado, Feder chegou a desistir de usar livros didáticos – mas depois recuou da decisão – porque argumentava que os docentes usariam apenas esses slides nas aulas. O secretário disse ainda que “não se vai tirar a autonomia do professor, nem do que está na sala de aula, nem do que está produzindo o material porque é ele que vai entregar o material para a revisão”. “O professor está interagindo com o ChatGPT, mas quem decide é ele”, disse. Segundo ele, não há uma orientação sobre o uso da inteligência artificial e os documentos que vieram a público mostravam apenas discussões internas da secretaria. “Era uma possibilidade, uma ideia interna nossa, não uma política oficial da secretaria.”

A Secretaria da Educação, no entanto, já usa o ChatGPT, segundo ele, em correções de redações que são feitas pelos estudantes em um aplicativo, chamado Redação Paulista. “O aluno faz a redação no nosso sistema, no computador, quando ele aperta enviar, ela já chega para o nosso professor com os comentários do ChatGPT”, conta. Segundo ele, isso “tem ajudado” o professor e “potencializou a correção”.

*Com informações do Estadão Conteúdo