Estudo diz que ‘colesterol bom’ elevado aumenta risco de demência em idosos

Pesquisa publicada em revista americana revela que é preciso ter cautela quanto aos níveis do HDL

Reprodução/Pixabayidosa de perfil olhando para fora da janela com olhar pensativo
A função do HDL é auxiliar na remoção de colesterol LDL das artérias

De acordo com um estudo publicado pela revista científica Lancet Regional Healt – Western Pacific, o colesterol de lipoproteína de alta densidade (HDL), conhecido como “colesterol bom”, quando em níveis elevados, pode estar associado ao aumento no risco de demência em idosos em até 42%. Embora o HDL seja conhecido por ajudar a remover o excesso de “colesterol ruim”, o LDL,  das artérias, pesquisadores descobriram que em níveis muito altos, sua estrutura e ações podem se tornar prejudiciais à saúde de várias maneiras.

A pesquisa acompanhou 18.668 participantes com 65 anos ou mais, todos fisicamente e cognitivamente saudáveis no início do estudo, por mais de seis anos. Durante esse período, 850 participantes (4,6%) foram diagnosticados com demência cognitiva. Os resultados mostraram que aqueles com HDL elevado tinham maior probabilidade de desenvolver demência em comparação com aqueles com níveis considerados normais.

Em participantes mais velhos, entre 75 anos ou mais, os níveis elevados de HDL apresentaram um aumento de 42% no risco de desenvolver demência em relação aos que tinham níveis normais. De modo geral, qualquer pessoa com níveis elevados de HDL teve um aumento de 27% no risco de demência. Contudo, os pesquisadores destacaram que a razão para essa ligação ainda é incerta e que são necessários mais estudos para explicar essa conexão.